quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Um salve ao Capim Dourado



Eu amo a minha liberdade de expressão! Amo, amo de paixão! Acordo e agradeço! Obrigada por poder me expressar e ter meios para isso! Quantos não tiveram essa oportunidade!

No entanto, assim como tenho direito a MINHA LIBERDADE DE EXPRESSÃO, concomitantemente sou RESPONSÁVEL por ela. Afinal, do que adianta ser livre se não é pra assumir as responsabilidades... Assim é fácil demais... Virou bagunça... Vou sair por ai dizendo o que quero, ofendendo quem eu quero, só porque quero... OIOIOI

Sou brejinhense, tocantinense e brasileira! Sou daqui dali de acolá! Somos multicores! Gosto de gente, do povo e de suas histórias! Há quem não goste do meu estado, por exemplo! Que não gosta do povo, da cultura e do artesanato! Tudo bem que não goste!  O contraditório é viver daquilo que fala mal! Como bem diria a minha avó: “Cuspir no prato que comeu”...

Minha palavra é respeito! Respeito, respeito, respeito! Nasci branca! Branca?! Quem é branco nesse país???... Meu sangue é negro, é índio e de todas as cores do nosso Brasil, que é diverso. Por isso, repudio a homofobia, o racismo, a xenofobia e toda e qualquer forma de preconceito...

Por isso, um salve ao Capim Dourado!

Imagem Internet

Vamos fechar com Gonzaguinha, ele diz tudo!  

“Aquele que sabe que é negro
O coro da gente
E segura a batida da vida
O ano inteiro
Aquele que sabe o sufoco
De um jogo tão duro
E apesar dos pesares
Ainda se orgulha
De ser brasileiro
Aquele que sai da batalha
Entra no botequim
Pede uma cerva gelada
E agita na mesa
Uma batucada
Aquele que manda o pagode
E sacode a poeira
Suada da luta
E faz a brincadeira
Pois o resto é besteira
 nós estamos pelaí...”

Campanha contra Agrotóxicos elogia samba da Vila Isabel e repudia patrocínio da Basf


por Vívian Viríssimo, com fotos de Eduardo Sá

Às vésperas do carnaval, setenta organizações que compõem a Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida entregaram, nesta terça-feira (29), uma carta à vice-presidenta da Vila Isabel, Elizabeth Aquino. Com patrocínio exclusivo da empresa alemã Basf, a escola levará para a avenida o samba “A Vila canta o Brasil celeiro do mundo – água no feijão que chegou mais um” que homenageia a pequena agricultura. O enredo composto por Rosa Magalhães, Alex Varela e Martinho da Vila é elogiado pelas entidades por reconhecer a importância da agricultura camponesa e familiar. No entanto, o patrocínio da Basf, uma das seis maiores empresas que comercializam agrotóxicos no mundo, é alvo de críticas.
“Denunciamos que a Vila Isabel está sendo usada pelo agronegócio brasileiro para promover sua imagem, manchada pelo veneno, pelo trabalho escravo, pelo desmatamento, pela contaminação das águas do país e por tantos outros problemas. O agronegócio, que não pinga uma “gota de suor na enxada”, nem “partilha, nem protege e muito menos abençoa a terra”, quer se apropriar da imagem dos camponeses e da agricultura familiar, retratada no samba enredo de 2013, para continuar lucrando às custas do envenenamento do povo brasileiro”, defendem os signatários.
A carta revela a contradição de uma empresa que vende sementes transgênicas e venenos para o agronegócio ser associada com a produção de alimentos saudáveis produzidos pelos camponeses. As entidades demonstram, baseadas em dados do Censo Agropecuário do IBGE de 2006, que o pequeno agricultor é responsável por 70% do alimento que chega à mesa dos brasileiros, mesmo ocupando apenas 25% das áreas agricultáveis. “Mesmo recebendo apenas 14% do crédito dado pelo governo à produção agrícola, a agricultura familiar emprega 9 vezes mais pessoas por área e ainda é responsável por um terço das exportações agropecuárias do país. O outro modelo de produção agrícola, o agronegócio, abocanha 86% do crédito, 75% das terras, mas produz apenas 30% dos alimentos que compõem a alimentação da população e emprega somente 1,5 trabalhadores a cada 100 hectares”, informa a carta.
Estiveram presentes na reunião representantes do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fiocruz e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). “Viemos aqui saudar e dizer que o campesinato brasileiro se sente muito representado no samba que a escola vai apresentar na avenida, mas temos um posicionamento crítico que está escrito na carta. Enquanto representante dos movimentos organizados do campo, saúdo o reconhecimento da Vila Isabel da importância do pequeno agricultor para a produção de alimentos”, disse o dirigente do MST, Marcelo Durão.
Na ocasião, as entidades também pediram que uma faixa da Campanha Permanente fosse estendida na quadra da agremiação. A faixa vai agradecer o esforço da escola de valorizar os pequenos agricultores brasileiros. A vice-presidenta concordou com a ideia desde que não haja teor político e que a mensagem passe pelo crivo e aprovação do presidente da Vila Isabel, Cleber Tavares.
“Nenhum outdoor dará tanta visibilidade à Basf”, diz vice-presidenta
A vice-presidenta da Vila Isabel esclareceu que a agremiação aceitou recursos da Basf para se tornar mais competitiva na disputa do carnaval 2013. “A Vila Isabel realmente pegou recursos oferecidos pela Basf para que fizéssemos um carnaval mais grandioso. Somente com o repasse da Prefeitura, nenhuma agremiação faz um carnaval competitivo. Mas todo nosso carnaval é a valorização do homem do campo. Não colocaremos na avenida nenhum maquinário agrícola top de linha. Nas fantasias e alegorias, retratamos a natureza e homem do campo, não são os grandes agricultores”, explicou Elizabeth.
Ela ressaltou ainda que o regulamento da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) impede qualquer tipo de merchandising e que, portanto, o nome da Basf não aparece no samba-enredo e a logomarca da empresa não poderá ser divulgada durante o desfile. “Não estamos fazendo samba-enredo ou apologia à Basf. A Basf foi o instrumento que nos proporcionou realizar esse samba. Falamos de preservação dos animais, temos a ala de vaca, galinha, formigas, a baiana vem de joaninha, a bateria vem de espantalho. A Basf nos ajudou financeiramente e em troca, é claro, não existe visibilidade maior que a proporcionada pelas escolas de samba. Nenhum outdoor que ela espalhe pelo mundo dará tanta visibilidade. O desfile do Rio vai para o mundo inteiro. Mas nós não estamos fazendo apologia nenhuma da Basf”, afirmou.
“A parte da Basf que nos ajuda é a parte do agronegócio mesmo. Todos nós sabemos que são usados agrotóxicos, inseticidas e é claro que para o ser humano pode não fazer nenhum bem, mas também acho que tem que haver. Mas nós não temos nada a ver com isso. Em se tratando da Vila Isabel, a gente apenas faz o carnaval  Se a Basf é prejudicial, as autoridades que fechem a Basf ou a Bayer, por exemplo. Não serão as escolas de samba que vão intervir. Mas há de haver interesse para outros que isso permaneça do jeito que está”, justificou. 
“Agrotóxico não combina com biodiversidade”
O professor da Escola Politécnica Joaquim Venâncio da Fiocruz, Andre Burigo, destacou que o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo desde 2008 e que venenos não combinam com biodiversidade. "Que bom que a Basf não vai ter nenhum dos seus símbolos representados, mas a empresa vai tentar tirar proveito do samba para criar uma imagem indireta que a Basf combina com biodiversidade, uma vez que a escola vai representar a biodiversidade na avenida. Mas o agrotóxico não combina com a biodiversidade”, contextualizou
Segundo a carta elaborada pela Campanha Permanente, a quantidade de veneno usada nas lavouras brasileiras tem causado contaminações nos rios, na chuva, no solo e até no leite materno. “Os danos à saúde vão desde dores de cabeça e enjoos até depressão, podendo levar ao suicídio, e diversos tipos de câncer, incluindo de cérebro, pulmão, próstata e linfoma, como pode ser comprovado pelos três dossiês publicados em 2012 pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)”.
Quase dois terços do alimentos que chegam à nossa mesa contêm resíduos de agrotóxicos, sendo que um terço foi classificado como irregular, segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) . “Quarenta por cento dos tipos de câncer são preveníveis. O trabalho do Inca tem sido de promover a alimentação saudável. E alimentação saudável é produzida pelo pequeno produtor. Queremos que a população possa ter escolhas mais saudáveis e possa ter na sua mesa alimentos mais seguros”, disse a nutricionista Sueli Couto do Inca, que também participou da entrega do documento.

Rio de Janeiro, 22 de Janeiro de 2013
Ao Grêmio Recreativo Escola de Samba Vila Isabel,

Recebemos com enorme alegria a notícia de que o samba da Vila Isabel do ano de 2013
terá como tema a agricultura e os agricultores, no enredo “A Vila canta o Brasil celeiro do
mundo – água no feijão que chegou mais um...”. Este tema é bastante caro a nós que
lutamos por uma agricultura sem venenos e que possa produzir alimentos saudáveis para
toda a população. Entendemos a agricultura feita pelas famílias camponesas e de
pequenos agricultores como atividade fundamental para a sociedade, pois é ela quem
coloca na mesa de nós, brasileiras e brasileiros, o alimento do qual dependemos para
sobreviver.
Neste sentido, o enredo composto por Rosa Magalhães, Alex Varela e Martinho da Vila
consegue traduzir de forma bastante poética e bonita o dia-a-dia de milhões de famílias
camponesas e de pequenas de agricultoras e agricultores, que apesar de todos os
problemas, ainda “agradecem a deus por ver o dia raiar e pegam a viola, parceira de fé,
caminho da roça para semear o grão e saciar a fome com a plantação.”
A letra da música reflete de forma impecável a beleza da agricultura camponesa e familiar
brasileira. Segundo o Censo Agropecuário do IBGE de 2006, ela é responsável por 70% do
alimento que chega à mesa dos brasileiros, mesmo ocupando apenas 25% das áreas
agricultáveis. Mesmo recebendo apenas 14% do crédito dado pelo governo à produção
agrícola, a agricultura familiar emprega 9 vezes mais pessoas por área e ainda é
responsável por um terço das exportações agropecuárias do país.
O outro modelo de produção agrícola, vigente hoje no Brasil, tem recebido o nome de
agronegócio. Este modelo, que abocanha 86% do crédito, 75% das terras, mas produz
apenas 30% dos alimentos que compõem a alimentação da população e emprega somente
1,5 trabalhadores a cada 100 hectares, tem causado enormes prejuízos ao Brasil.
Ao focar sua produção na soja, eucalipto e cana-de-açúcar, o agronegócio brasileiro tem
contribuído para o aumento dos preços dos alimentos, especulação e,
consequentemente, para a fome no mundo - haja vista que quase um bilhão de pessoas
no mundo passa fome. Essa produção, voltada quase que exclusivamente para
exportação, usa o solo, a água e trabalho dos brasileiros para exportar mercadorias
agrícolas sem nenhum valor agregado para o exterior.
Entretanto, este ainda não é o pior problema. Graças ao agronegócio brasileiro, dito
moderno, desde 2008 nos tornamos os maiores consumidores de agrotóxicos do mundo.
Esta enorme quantidade de veneno jogada em nossas lavouras tem causado
contaminações nos rios, na chuva, no solo e até no leite materno. Os danos à saúde vão
desde dores de cabeça e enjoos até depressão, podendo levar ao suicídio, e diversos tipos
de câncer, incluindo de cérebro, pulmão, próstata e linfoma, como pode ser comprovado
pelos três dossiês publicados em 2012 pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva
(ABRASCO1).
Diante deste quadro, causou-nos espanto e tristeza saber que este enredo está sendo
financiado pela empresa alemã BASF. A estrutura de poder que permite que o
agronegócio brasileiro continue envenenando o país está sustentada por dois pilares: a
bancada ruralista no Congresso Nacional, composta por deputados e senadores donos de
vastas fazendas, que legislam a seu favor, e as empresas produtoras de agrotóxicos,
sementes transgênicas e outros insumos agrícolas. Dentre estas, umas das mais
importantes é exatamente a BASF.
A história de destruição causada por esta empresa não é recente. Já em 1921, uma
explosão em sua fábrica na Alemanha causou a morte de 561 pessoas. Durante a Segunda
Guerra mundial, a BASF foi uma das fabricantes do gáz Zyklon B, utilizado nas câmaras
de gás nazistas para matar milhões de prisioneiros do regime. Entre eles, nossa querida
Olga Benário, que inclusive utilizou a Zona Norte do Rio como esconderijo da ditadura
Vargas.
No Brasil, a empresa provocou, em 2001, um vazamento de 11 mil litros de Mollescal, um
corrosivo destinado ao curtimento de couro. Depois do acidente, a BASF forneceu
informações falsas ao serviço de emergência sobre o grau de toxidade da substância,
colocando em risco os profissionais envolvidos no atendimento à população. Em 2000, a
empresa adquiriu uma fábrica de agrotóxicos da Shell em Paulínia, sabendo que havia
mais de 1000 trabalhadores intoxicados e 180 famílias que tiveram que deixar o local,
pois o solo e a água estavam contaminados. A BASF continuou por dois anos a fabricação
de Aldrin, substância reconhecidamente cancerígena.
Em 2010, a BASF foi a terceira maior vendedora de agrotóxicos no Brasil, lucrando 916
milhões de dólares com a doença dos brasileiros e brasileiras. E não são só os agricultores
que sofrem com os venenos: segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a
ANVISA, quase dois terços do alimentos que chegam à nossa mesa contêm resíduos de
agrotóxicos, sendo que um terço foi classificado como irregular pela Agência.
Diante disso, gostaríamos respeitosamente de repudiar a atitude da Escola de samba Vila
Isabel em aceitar dinheiro advindo do veneno, da doença e do câncer de famílias
camponesas e de agricultoras e agricultores brasileiros. Uma Escola que já nos
presenteou com belos sambas falando de um mundo melhor não deveria se submeter ao
interesse vil desta multinacional.
1 http://greco.ppgi.ufrj.br/DossieVirtual/
Além disso, denunciamos que a Vila Isabel está sendo usada pelo agronegócio brasileiro
para promover sua imagem, manchada pelo veneno, pelo trabalho escravo, pelo
desmatamento, pela contaminação das águas do país e por tantos outros problemas. O
agronegócio, que não pinga uma “gota de suor na enxada”, nem “partilha, nem protege e
muito menos abençoa a terra”, quer se apropriar da imagem dos camponeses e da
agricultura familiar, retratada no samba enredo de 2013, para continuar lucrando às
custas do envenenamento do povo brasileiro.
O velho sonho de alimentar o mundo e do bem viver será concretizado somente quando
camponesas e camponeses do mundo inteiro tiverem terra para produzir alimentos
saudáveis, adequados à cultura local, sem uso de agrotóxicos nem de sementes
transgênicas, e, sobretudo, sem precisar se subordinar às grandes multinacionais do
agronegócio. A agricultura camponesa é a única que pode produzir alimentos saudáveis,
para o Brasil e para o mundo, de forma sustentável, e é a única forma de atingir nosso tão
almejado “bem viver”.
Certos de que a Escola é solidária a essas questões, reafirmamos nossa posição e nos
colocamos à disposição para quaisquer esclarecimentos.
Saudações,

Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida

Organizações que par ticipam da Campanha e assinam es ta car ta:
Movimentos Sociais e Redes: Via Campesina, MAB - Movimento dos Atingidos por
Barragens, MPA - Movimento dos Pequenos Agricultores, MST - Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra, MMC - Movimento das Mulheres Camponesas, MPP -
Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais, CIMI - Conselho Indigenista
Missionário, PJR - Pastoral da Juventude Rural, CPT - Comissão Pastoral da Terra, RADV -
Rede de Alerta Contra o Deserto Verde, RECID - Rede de Educação Cidadã, ANA -
Articulação Nacional de Agroecologia, PJMP - Pastoral da Juventude do Meio Popular,
FBSSAN - Fórum Brasileiro de Segurança e Soberania Alimentar, Rede de Educadores do
Vale do São Francisco, FBES - Fórum Brasileiro de Economia Solidária, Consulta Popular,
Levante Popular da Juventude
Universidades e Ins tituições de Pesquisa
Nacional: ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva, FIOCRUZ - Fundação
Osvaldo Cruz, INCA - Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva
Regional: UNIVASF - Universidade Federal do Vale do São Francisco, Núcleo Tramas – UFC
(CE), Soltec/UFRJ - Núcleo de Solidariedade Técnica (RJ), Universidade Federal da
Fronteira Sul (UFFS), EBDA - Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrário (BA)
Movimento Sindical
Nacional: CONTAG, CUT, CREA, SENGE, SEPE, SINTAGRO, SINTRAF, SINPAF, Conselho
Federal de Nutricionistas (CFN)
Regional: Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais -
FETAMG (MG), Sindicato dos Comerciantes de Petrolina (PE), STR de Petrolina (PE),
Associação dos Engenheiros Agrônomos da Bahia - AEABA (BA), Sindicatos dos
Engenheiros - Senge (RJ), Sindicato dos Petroleiros - Sindipetro (RJ)
Entidades, ONGs, Assessor ias, Associações
Nacional: Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - IDEC, Federação de Órgãos para
Assistência Social e Educacional - FASE, Agricultura Familiar e Agroecologia - AS-PTA,
Fundação Rosa Luxemburgo,
Regional: Políticas Alternativas para o Cone Sul - PACS (RJ), Visão Mundial, Associação
Advogados de Trabalhadores Rurais - AATR (BA), Centro de Estudos e Ação Social - CEAS
(BA), Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais - SASOP (BA), Centro de
Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul - CEPEDES (BA), Associação
das Rendeiras de José e Maria, Grupo de Agroecologia de Umbuzeiro – GAU,Terra de
Direitos, GIAS – MT, Instituto Kairós, Rede Social de Justiça e Direitos Humanos,
FORMAD, Radio AgênciaNP, Semeadores Urbanos, CAA - Centro de Agricultura Alternativa
do Norte de Minas
Movimento Es tudantil
Nacional: FEAB, ABEEF, ENEN, ENEBIO, DENEM
Regional: DA de Agronomia da UNEB, DA de Agronomia da UNIVASF, GEAARA, DCEUNIVASF,
DPQ? (RJ)
Legislativo: Mandato do Deputado Estadual Simão Pedro (SP), Mandato do Deputado
Federal Padre João (MG), Mandato do Deputado Estadual Marcelo Freixo (RJ)


URGENTE! AS MULHERES DO MÉXICO PEDEM NOSSA SOLIDARIEDADE



URGENTE! AS MULHERES DO MÉXICO PEDEM NOSSA SOLIDARIEDADE:

Ciudad Juarez, a cidade que mais mata mulheres, terá hoje 31/01 audiência pública entre o governador do estado e o Comitê de mães e familiares com filhas desaparecidas, que clamam por justiça. Essas mães assistem impotentes o estupro e assassinato de suas filhas (são centenas, há anos) sem que o governo tome qualquer atitude, e DEMONSTRAR NOSSA SOLIDARIEDADE É MUITO IMPORTANTE PARA QUE ELAS SIGAM FIRMES NA LUTA.

Esse drama já foi relatado no filme "Cidade do Silêncio", protagonizado por Jennifer Lopez. Na maioria dos casos, são essas próprias mães que desenterram os corpos de suas filhas em cemitérios coletivos, em crimes que são arquivados sem justificativa. Abaixo, a carta do comitê, traduzida por mim (favor perdoar eventuais erros).

Via Patricia Barba Malves - Grupo Dina Guerrilheira

**
Ciudad Juárez, Chihuahua, 30 de Janeiro de 2013

Comunicado à imprensa

Al Lic. César Horácio Duarte Jáquez
Governador Constitucional do Estado de Chihuahua
Á comunidade de Ciudad Juárez
Ás organizações da sociedade civil
Aos meios de informação.

O comitê de mães e familiares com filhas desaparecidas requer ao governador do estado, Cesar Horácio Duarte Jáquez, que atenda à audiência pública que solicitamos no palácio do governo dia 21 de janeiro na cidade de Chihuahua, onde chegamos depois de ter caminhado sete dias, sem que nos tenha recebido. A audiência acontecerá na data marcada pelo senhor, na próxima quinta dia 31 de janeiro, na Cidade Juárez, na Praça Misión de Guadalupe, à uma da tarde.
Convocamos as distintas organizações e a sociedade em geral a participar desta audiência para que sejam testemunhas das respostas que o governador, como máxima autoridade do estado, manifestará ao Comitê de mães e familiares com filhas desaparecidas.
A todas e todos, dizemos: caminhamos por que a justiça não chega, nossas filhas seguem desparecidas, as investigações não avançam e o problema do feminicídio e desaparecimento de mulheres segue crescendo em nosso estado, sendo que apenas nos primeiros meses do ano foram registrados mais de dez desaparecimentos de jovens, a maioria na zona central da cidade.
Agradecemos profundamente a todas as pessoas, grupos e organizações sociais que se solidarizaram com nossa luta, ao apoiar, difundir e de maneira fraterna acompanhar a Caminhada pela vida e a justiça de mulheres desaparecidas e assassinadas do estado de Chihuahua. Muito obrigada à OPT, #Yosoy132 Juárez, Pastoral Obrera, RESISSTE, CEDIMAC, el Barzón, CEDEHM, FUNDEC, Capítulo de Mujeres Fronterizas, Pan y Rosas, la Otra campaña, Vendedores Ambulantes en lucha, a los exbraceros, às famílias de desaparecidos no país,os meios de comunicação solidários e alternativos, los Ángeles Press, NotiDejes, Luz del Carmen Sosa e a todos e todas que cobriram de maneira transparente a informação e de diversas maneiras somaram.


Caminhada pela vida e justiça de mulheres desaparecidas e assassinadas no estado de Chihuahua
Comitê de mães e familiares com filhas desaparecidas
Vivas levaram-nas, vivas as queremos!