quinta-feira, 31 de maio de 2012

O Facebook e a censura às mulheres da marcha das vadias


"Ah,  você acha falta de vergonha mulheres mostrando os seios na marcha das vadias! Então conte-me o que você acha das mulheres semi-nuas desfilando no carnaval e em programas de auditório?". 

Essa indagação vem depois do episódio do Facebook, quando a empresa bloqueou a conta de manifestantes brasileiras que participaram da Marcha das Vadias, no dia 26, por que elas divulgaram fotos com seios descobertos e pintados em seus perfis.  Os seios delas, nos perfis delas! O Facebook considerou que os corpos semi-nus são pornografia.

As meninas que saíram às ruas no último sábado não queriam ficar famosas, ser capas de revistas, ou simplesmente expor seu corpo. Nada contra expor o corpo, que sejamos tod@s livres. As meninas saíram às ruas com seios descobertos e pintados para provocar a população machista e reivindicar o nosso direito de ser livres. Protestamos contra todos os tipos de violência que nós mulheres sofremos todos os dias, inclusive esse.

Por que eles não bloqueiam as fotos de carnaval por exemplo? Mulheres com os seios de fora  reivindicando  é uma afronta para a sociedade machista. Mulheres praticamente nuas no carnaval ou desfilando em programas de auditório, reforçando esteriótipos de beleza e conceitos machista, por acaso é cultura!

Claro exemplo do famoso dois pesos e duas medidas e a materialização do preconceito. Moralismo e machismo juntos! Como disse bem o meu amigo, "o falso moralismo casado com o machismo. Um casamento de sucesso, já deve estar fazendo bodas de diamante".

Ou já está na hora desse divórcio chegar galera.



terça-feira, 29 de maio de 2012

Para Cúpula dos Povos, rascunho da Rio + 20 explicita teor neoliberal


Em uma ação batizada Rio+Leaks, a Cúpula dos Povos, evento paralelo a Rio + 20 que acontecerá entre 15 e 23 de junho no Aterro do Flamengo, divulgou a mais recente versão do documento que servirá de base para as discussões da conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável, que será realizada de 13 a 22 de junho no Riocentro. Para Sérgio Ricardo, da Rede Brasileira de Justiça Ambiental, texto é caminho para conferência "Rio menos 20".


Rio de Janeiro - Em uma ação batizada Rio+Leaks, a Cúpula dos Povos, evento paralelo a Rio + 20 que acontecerá entre 15 e 23 de junho no Aterro do Flamengo, divulgou a mais recente versão do documento que servirá de base para as discussões da conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável, que será realizada de 13 a 22 de junho no Riocentro. O “rascunho zero” é distribuído apenas internamente na ONU e deve sofrer mais uma revisão até chegar ao Rio.

A atual versão do texto é um calhamaço de 80 páginas, intitulado “o Futuro que Queremos” e dividido em seis seções: Visão Comum, Renovando Compromissos Políticos, Economia Verde no Contexto do Desenvolvimento Sustentável e da Erradicação da Pobreza, Moldura Institucional para o Desenvolvimento Sustentável, Moldura para Ação e Acompanhamento, e, finalmente, Formas de Implementação. Cada seção desmembra-se em até 17 itens e 21 subitens, acomodando, por exemplo, temas como “florestas” e “químicos e desperdícios” dentro da seção Moldura para Ação e Acompanhamento.

Tanto Iara Pietricovsky, antropóloga e ambientalista que participará da Rio+20 e da Cúpula dos Povos; como Sergio Ricardo, ecologista da Rede Brasileira de Justiça Ambiental, leram e reprovaram o pré-documento. A antropóloga vê uma linguagem preparada para “uma consolidação de uma tendência mais privatista do sistema global”. Por sua vez, Ricardo avalia o texto como o caminho para carimbar a conferência como “Rio menos 20”. “A crise ecológica se aprofundou da Eco 92 para cá. O planeta perdeu muito nesses 20 anos, e isso não consta do documento. Ele deveria partir de um balanço do que aconteceu. É uma omissão!”, diz.

Nuances perigosas
Segundo Iara, com a linguagem do texto aliviada em relação à Eco 92 e a rascunhos anteriores da Rio + 20, ao invés de “os países têm que realizar” entra “os países reconhecem a importância”, tirando a obrigação dos estados e estendendo tapetes vermelhos para o setor privado através de parcerias. A ambientalista aponta o conteúdo do item C, “Englobando Grupos de Discussão e Outros Conjuntos de Interessados”, da segunda seção, “Renovando Compromissos Políticos”, como um dos exemplos mais explícitos da substituição dos direitos consignados pela maioria dos países para os novos arranjos que desembocarão em vantagens comerciais de apenas alguns atores.

Ela cita o trecho “nós encorajamos novas parcerias público-privada para mobilizarmos significativos fundos para complementação de políticas”, ou ainda, “o governo deve dar suporte as iniciativas que promovem e contribuem para o setor privado”, como “pérolas” do novo rascunho.

Diferenciações
Iara também realça a quase supressão das Responsabilidades Iguais Porém Diferenciadas (CBDR, em inglês), uma das bandeiras da Cúpula dos Povos, nas seções “Moldura para Ação e Implementação” e “Formas de Implementação” do desenvolvimento sustentável. “Isso é um princípio que saiu da Eco 92 que é fundamental para que a mensuração e a mudança de paradigma se faça, em especial, nos países ricos. Esse é um princípio que vai dar as diferentes responsabilidades que os países têm no processo. Porque uns têm que fazer muito mais que outros. E se isso não se coloca, essa conta não vai ficar para os países ricos, ainda mais por causa da crise que eles estão passando”, afirma.

Pontos positivos
Para Iara, alguns pontos positivos do texto estão mantidos porque existe grande intervenção dos movimentos sociais. Ela cita “Igualdade de Gêneros e Fortalecimento das Mulheres”, subitem da seção cinco, como um deles. “A questão do direito sexual e reprodutivo das mulheres está com uma linguagem mais própria, porque eles falam ‘no direito reprodutivo’, eles não usam a linguagem ‘do direito reprodutivo’, que é completamente diferente”.

Na visão de Sergio Ricardo, o que acontecerá de positivo é a capacidade de mobilização internacional que a Cúpula dos Povos, mais que a Rio+20, está angariando. Assim, de acordo com o ecologista, “a perspectiva da mobilização é muito forte. A metodologia de convergência valoriza a diversidade dos grupos, mas ao mesmo tempo é propositiva. Muitas propostas e experiências serão apresentadas mostrando que é possível construir uma economia ecológica. Uma economia que seja distributiva, solidária, descentralizada e respeitando a diversidade e territórios dos povos”.

Confira o rascunho da ONU no Link: http://cupuladospovos.org.br/wp-content/uploads/2012/05/O-futuro-que-queremos_22-maio-2012.pdf

Rodrigo Otávio - Carta Maior
http://cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=20244

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Dilma veta 12 dos 84 artigos do Código Florestal

"Não posso dizer que estou feliz, não mesmo! Queria o VETOTOTAL . Mas dos males o menos pior..."

Dilma veta 12 dos 84 artigos do Código Florestal

A presidente Dilma Rousseff vetou nesta sexta-feira 12 artigos do Código Florestal. A redação final será publicada no Diário Oficial da União. O texto aprovado na Câmara dos Deputados no mês passado chegou ao Planalto com 84 artigos. Dilma cortou trechos da proposta que abririam margem para anistia a desmatadores, como o trecho que suprime punição para quem desmatou após julho de 2008. Para eliminar vácuos legais devido ao corte dos artigos, o governo vai editar uma medida provisória (MP).
O texto tem 32 modificações, sendo que 14 recuperam o texto do Senado. São cinco novos artigos e 13 ajustes e readequação de conteúdo. Os ajustes serão feitos por medida provisória.
"As diretrizes adotadas compreendem recompor texto do Senado e preservar acordos e respeitar o Congresso. Não anistiar o desmatador", afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ao apresentar as modificações no código.
Com os vetos e a edição da MP, o governo quer dar um formato ao Código Florestal mais próximo à versão que foi aprovada no Senado. Na ocasião, a proposição foi considerada mais equilibrada sem ser muito rigorosa nem indulgente aos desmatadores. Ao chegar na Câmara, a bancada ruralista fez alterações de última hora que incomodaram o governo, dando ao texto abrindo os precedentes para anistia maior que a acordada.
Dilma está debruçada sobre o tema há duas semanas e vem convocado reunião com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, diariamente, inclusive aos fins de semana. O último encontro aconteceu pela manhã desta sexta-feira com os líderes do governo no Congresso Nacional, na Câmara dos Deputados e no Senado. A presidente quer minimizar o desgaste com o parlamento que o veto pode causar.



Diogo Alcântara
Direto de Brasília
Fonte: Portal Terra

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Marcha das Vadias - DF 2012, 26 de maio



Marcha das Vadias/DF 2012, 26 de maio, 13h, concentração em frente ao CONIC (próximo à Rodoviária do Plano Piloto).

Descrição
A Marcha das Vadias do Distrito Federal aconteceu pela primeira vez no dia 18 de junho de 2011. Cerca de 2 mil pessoas participaram. Mulheres, homens e crianças se manifestaram, se empenharam, se indignaram e gritaram junt@s por um mundo sem machismo. Em 2012, vamos marchar junt@s mais uma vez pela não violência contra as mulheres...até que todas sejamos livres!

Trecho da Carta Manifesto da Marcha das Vadias/DF:

"Já fomos chamadas de vadias porque usamos roupas curtas, já fomos chamadas de vadias porque transamos antes do casamento, já fomos chamadas de vadias por dizer “não” a um homem, já fomos chamadas de vadias porque levantamos o tom de voz em uma discussão, já fomos chamadas de vadias porque andamos sozinhas e fomos estupradas, já fomos chamadas de vadias porque ficamos bêbadas e sofremos estupro enquanto estávamos inconscientes, por um ou vários homens ao mesmo tempo, já fomos chamadas de vadias quando torturadas e curradas durante a ditadura militar. Já fomos e somos diariamente chamadas de vadias apenas porque somos MULHERES.

Mas, hoje, marchamos para dizer que não aceitaremos palavras e ações utilizadas para nos agredir. Se, na nossa sociedade machista, algumas são consideradas vadias, TODAS NÓS SOMOS VADIAS. E somos todas santas, e somos todas fortes, e somos todas livres! O direito a uma vida livre de violência é um dos direitos mais básicos de toda mulher, e é pela garantia desse direito fundamental que marchamos hoje e marcharemos até que todas sejamos livres".

Acesse aqui a carta manifesto completa: http://marchadasvadiasdf.wordpress.com/manifesto-porque-marchamos/

Nosso blog: http://marchadasvadiasdf.wordpress.com/
Blog Nacional: www.marchadasvadiasbr.wordpress.com
Evento da Marcha das Vadias/DF 2012: http://www.facebook.com/events/344865505579051/
Exibição do filme da Marcha das Vadias/DF: http://www.facebook.com/events/133634263435881/
Siga no twitter: @marchadasvadias

Fonte: Facebook Comunidade Marcha das Vadias

quinta-feira, 3 de maio de 2012

O Recado do Bem-te-vi


Olha quem veio me visitar ontem a tarde!
Bem te vi, e te vi e bem que vi! 
Compreendi seu recado! A natureza tem dessas coisas, dessas surpresas!
Nesse instante, a sensibilidade me fez perceber a poesia e o alerta...
"Não se aflija minha linda, ainda tem muito ar no pulmão e sangue nas veias, a esperança permanece viva."
Mensagem do Bem-te-vi.


R.J

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Quem bate na mulher, machuca a família inteira

Companheiros e ex-maridos continuam a ser os principais autores de agressão a mulheres, conforme denúncias ao Ligue 180 no último trimestre, respectivamente 69,7% e 13,2%. Filhas e filhos presenciaram as agressões cometidas em 65,9% dos casos. Em outros 24,5% as crianças sofreram violência junto com suas mães.


Via Comunidade Quebre o Ciclo